17 de set. de 2013

IG NOBEL - DESTAQUES DA CIÊNCIA BIZARRA


Prêmio Ig Nobel 2013 mostra destaques da ciência bizarra


Um mês antes do início do anúncio dos ganhadores do Prêmio Nobel, a Universidade de Harvard sedia a divertida cerimônia de entrega dos prêmios IgNobel.

O objetivo do evento, segundo seus organizadores, é destacar pesquisas científicas que, primeiro nos fazem rir, para depois nos fazer pensar - eventualmente pensar em não fazer experimentos tão bizarros.

Ao contrário do Nobel, não existem categorias predeterminadas: elas são criadas para se ajustar às esquisitices dos cientistas.

Engenharia de Segurança

Por inventar um sistema eletromecânico para prender sequestradores de avião - o sistema joga o sequestrador por um alçapão, sela-o em um saco e, em seguida, joga o sequestrador encapsulado por uma porta de um compartimento de bombas especialmente instalado no avião, de onde ele cai de pára-quedas, onde a polícia, tendo sido alertada pelo rádio, aguarda sua chegada - Gustano Pizzo [USA].

Física

Por descobrir que algumas pessoas seriam fisicamente capazes de "andar sobre as águas", correndo por toda a superfície de uma lagoa - se essas pessoas e a lagoa estivessem na Lua - Alberto Minetti (Itália, Reino Unido, Dinamarca, Suíça), Yuri Ivanenko (Itália, Rússia, França), Germana Cappellini (Itália), Nadia Dominici (Itália, Suíça) e Françasco Lacquaniti (Itália).

Arqueologia

Por parabolizar um musaranho morto e, em seguida, engolir o musaranho sem mastigar e depois examinar cuidadosamente tudo o foi excretado durante os dias seguintes - tudo para que eles pudessem ver quais ossos se dissolveriam dentro do sistema digestivo humano, e quais ossos não se dissolveriam - Brian Crandall (EUA) e Peter Stahl (Canadá, EUA).

Paz

Por tornar ilegal aplaudir em público e, em decorrência da lei, prender um homem de um braço só por aplaudir - Alexander Lukashenko, presidente da Bielorrússia.

Probabilidade

Por fazer duas descobertas relacionadas: primeiro, que quanto mais tempo uma vaca fica deitada, maior é a probabilidade de que a vaca vai se levantar logo; e, segundo, que, uma vez que uma vaca se levanta, você não pode facilmente prever em quanto tempo a vaca vai deitar-se novamente - Bert Tolkamp (Reino Unido, Holanda), Marie Haskell (Reino Unido), Fritha Langford (Reino Unido, Canadá), David Roberts (Reino Unido) e Colin Morgan (Reino Unido).

Prêmio conjunto em Biologia e Astronomia

Por descobrir que, quando escaravelhos se perdem, eles podem encontrar o caminho de casa olhando para a Via Láctea - Marie Dacke (Suécia, Austrália), Emily Baird (Suécia, Austrália, Alemanha), Marcus Byrne (África do Sul, Reino Unido), Clarke Scholtz (África do Sul) e Eric Warrant (Suécia, Austrália, Alemanha).

Química

Pela descoberta de que o processo bioquímico pelo qual as cebolas fazem as pessoas chorar é ainda mais complicado do que os cientistas acreditavam - Shinsuke Imai (Japão), Nobuaki Tsuge (Japão), Muneaki Tomotake (Japão), Yoshiaki Nagatome (Japão), Toshiyuki Nagata (Japão, Alemanha) e Hidehiko Kumgai (Japão).

Medicina

Por avaliar o efeito de ouvir ópera em pacientes de transplante de coração - só que os pacientes eram ratos - Masateru Uchiyama (Japão), Xiangyuan Jin (China, Japão), Qi Zhang (Japão), Toshihito Hirai (Japão), Atsushi Amano (Japão), Hisashi Bashuda (Japão) e Masanori Niimi (Japão, Reino Unido).

Psicologia

Por confirmar, por meio de experimentos, que as pessoas que estão bêbadas também acham que são mais atraentes - Laurent Bègue (França), Brad Bushman (EUA, Reino Unido, Holanda, Polônia), Oulmann Zerhouni (França), Baptiste Subra (França) e Medhi Ourabah (França).

Saúde Pública

Pelas técnicas médicas descritas no relatório "Gestão cirúrgica de uma epidemia de amputações penianas em Siam [Tailândia]" - técnicas que os pesquisadores recomendam, exceto nos casos em que o pênis amputado tenha sido parcialmente comido por um pato - Kasian Bhanganada, Tu Chayavatana, Chumporn Pongnumkul, Anunt Tonmukayakul, Piyasakol Sakolsatayadorn, Krit Komaratal e Henry Wilde (Tailândia).

6 de set. de 2013

PROIBINDO O CELULAR NA ESCOLA


A proibição do celular nas escolas faz sentido?

“A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe.”

A frase, de Jean Piaget, não poderia ser mais atual, mas precisa encontrar eco nos novos desafios agora impostos aos educadores na formação de uma geração de estudantes que são nativos digitais.

Não é incomum ouvir pessimistas de plantão incrédulos com a adoção das novas tecnologias nas escolas, especialmente nas instituições públicas, que recebem estudantes com condições sociais mais precárias, sob o argumento de que não só não há recursos para investir na compra de equipamentos e de que a escola tem outras prioridades mais urgentes, mas também de que estes jovens não teriam a cultura necessária para utilizar computadores, tablets, softwares ou pesquisar na Internet.

Será mesmo? Antes de fazer uma análise do ambiente escolar, cabe avaliar o comportamento desta nova geração no acesso e uso das tecnologias digitais. Basta um olhar mais atento para perceber que, assim como aconteceu com o rádio e depois com a TV, os celulares, os tablets e computadores, de uma forma geral, estão cada vez mais presentes nos domicílios das classes menos favorecidas, criando assim um cenário bastante favorável para adoção deste tipo de tecnologia nas escolas.

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