1 de dez. de 2011

MUDAR DE IDÉIA



MUDAR DE IDÉIA É FALTA DE OPINIÃO?
Manoel Afonso – em 30/11/11


Olhando no retrovisor é fácil constatar que nossos antepassados dificilmente reviam sua postura e conceitos sobre certos temas ou problemas. Era resultado de fatores diversos, que iam da religiosidade, conveniência política, comodismo pessoal - e é claro - também da falta de cultura. Eram outros tempos, da baixa de competitividade e de uma visão limitada do mundo.
Ainda hoje encontramos muitos resistentes, radicais, daqueles que não dão o braço a torcer, alegando motivos estapafúrdios, incompatíveis com as necessidades deste mundo globalizado, cada vez mais ágil e exigente.  Imagine por exemplo os médicos não aderindo aos novos conceitos sobre o tratamento e medicação de determinada doença! Imagine também o advogado avesso ao uso do computador como ferramenta de trabalho! É o mesmo caso do agricultor que não aderiu às novas técnicas de cultivo, do sedentário com ojeriza aos exercícios físicos ou do pai centralizador, provedor apenas, sem diálogo com os filhos.  
A mudança no pensar gera uma gama de benefícios pessoais, quebrando paradigmas e agregando novos valores. Viver sem abrir a guarda e a visão, é  negar a si próprio oportunidades fantásticas de evoluir, de partilhar novos conhecimentos e preservando sua autonomia inclusive.  O caminhar do homem em nossos dias exige novas atitudes, sem que isso implique em perdas de valores pessoais como moral, honestidade e família.
O que se fala aqui é do propósito de renovação de idéias, buscas profissionais e de ações que resultem no engrandecimento pessoal.  Isso exige força de vontade, humildade e sabedoria.  Ao contrário do que se possa pensar, mudar não significa negar opiniões de ontem, cultivadas no contexto de uma série de fatores.   É apenas a reciclagem, o sábio repensar.
Grandes personagens da atualidade, vistos como excelências pela opinião pública, têm surpreendido com seguidas manifestações de mudanças em suas opiniões e nem por isso perderam a credibilidade. Isso acaba  quebrando tabus e incentiva a nossa auto-avaliação.
 Mas pior mesmo, é  não ter idéia para mudar!

Fonte: Solicitação de publicação via JOTFORM (http://www.jotform.com/form/3342932291).
Manoel Afonso é formado em Direito e atualmente atua como jornalista escrevendo diariamente uma coluna no diariodigital.com.br e no campograndenews em Campo Grande, MS. – contato:mcritica@terra.com.br

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