MUDAR
DE IDÉIA É FALTA DE OPINIÃO?
Manoel Afonso – em 30/11/11
Olhando
no retrovisor é fácil constatar que nossos antepassados dificilmente reviam sua
postura e conceitos sobre certos temas ou problemas. Era resultado de fatores
diversos, que iam da religiosidade, conveniência política, comodismo pessoal -
e é claro - também da falta de cultura. Eram outros tempos, da baixa de
competitividade e de uma visão limitada do mundo.
Ainda
hoje encontramos muitos resistentes, radicais, daqueles que não dão o braço a
torcer, alegando motivos estapafúrdios, incompatíveis com as necessidades deste
mundo globalizado, cada vez mais ágil e exigente. Imagine por exemplo os médicos não aderindo
aos novos conceitos sobre o tratamento e medicação de determinada doença! Imagine
também o advogado avesso ao uso do computador como ferramenta de trabalho! É o
mesmo caso do agricultor que não aderiu às novas técnicas de cultivo, do
sedentário com ojeriza aos exercícios físicos ou do pai centralizador, provedor
apenas, sem diálogo com os filhos.
A
mudança no pensar gera uma gama de benefícios pessoais, quebrando paradigmas e
agregando novos valores. Viver sem abrir a guarda e a visão, é negar a si próprio oportunidades fantásticas
de evoluir, de partilhar novos conhecimentos e preservando sua autonomia
inclusive. O caminhar do homem em nossos
dias exige novas atitudes, sem que isso implique em perdas de valores pessoais
como moral, honestidade e família.
O
que se fala aqui é do propósito de renovação de idéias, buscas profissionais e
de ações que resultem no engrandecimento pessoal. Isso exige força de vontade, humildade e
sabedoria. Ao contrário do que se possa
pensar, mudar não significa negar opiniões de ontem, cultivadas no contexto de
uma série de fatores. É apenas a reciclagem, o sábio repensar.
Grandes
personagens da atualidade, vistos como excelências pela opinião pública, têm
surpreendido com seguidas manifestações de mudanças em suas opiniões e nem por
isso perderam a credibilidade. Isso acaba quebrando tabus e incentiva a nossa auto-avaliação.
Mas pior mesmo, é não ter idéia para mudar!
Fonte: Solicitação de publicação via JOTFORM (http://www.jotform.com/form/3342932291).
Manoel Afonso é formado em Direito e atualmente atua como jornalista escrevendo diariamente uma coluna no diariodigital.com.br e no campograndenews em Campo Grande, MS. – contato:mcritica@terra.com.br
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